quarta-feira, 8 de abril de 2009

Teste virtual -- Vw Golf VI TSI 122

Vw Golf VI TSI 122 “O príncipe perfeito”

Nesta edição ensaiamos o líder do segmento C, o Vw Golf VI na sua versão TSI de acesso, o 122. Mais do que tudo é o ensaio ao benchmark do segmento, aquele que todos os adversários querem igualar.
O Golf é para a Vw um dos modelos mais importantes do alinhamento. Existente na Vw desde 1974, o Golf surgiu como substituto do agora clássico “Carocha”, foi uma grande responsabilidade, mas as 6 gerações deste modelo provam que foi uma aposta acertada

Estética

Em termos estéticos, o Golf VI não é inovador, é o 6º capítulo de uma saga de sucesso, e prudentemente e parece-nos acertadamente a Vw preferiu actualizar o conceito, ao invés de chocar e rasgar com o passado. Se olharmos para os dois últimos modelos da saga percebemos que o VI é a actualização lógica de um best-seller, utilizando elementos de outros modelos, como a traseira de certa forma decalcada do SUV Touareg, mas em suma podemos assumir o novo Golf como o materializar de algum classicismo que sempre fez parte desta gama, e alguma modernidade.

Interiores

As palavras que nos assaltam, assim que assumimos o posto de condução, é qualidade, e mais qualidade e ainda mais qualidade. Este é um dos pontos em que o Golf sempre foi referencial, e no VI a Vw foi ainda mais além, desde a montagem impecável, materiais de boa qualidade, a percepção é de que estamos num carro feito com alta engenharia e com um nível de acabamentos acima de qualquer suspeita, sendo que o tablier parece ser feito de uma só peça, tal o rigor empregue.
Em termos de espaço o Golf alinha pela equipa dos mais generosos do segmento, no banco traseiro a palavra de ordem é espaço para todos, sendo que acomoda adultos de maior estatura sem qualquer problema.

Condução

Ao nível da condução o Golf não deixa os seus créditos por mãos alheias, apresenta-se seguro, controlável e contrariando a tendência de gerações anteriores muito confortável, quer ao nível acústico, bem como ao nível de isolamento das imperfeições da estrada é um carro que apela ao gozo de condução mas de uma forma pacífica e pacata, a forma como ele respeita as indicações de quem vai ao volante sem hesitar, e com a ajuda do ESP para manter tudo sobre controlo, as viagens neste carro assumem-se como conforto acima de tudo, se bem que se for levado ao limite este Golf consegue proporcionar alguns momentos engraçados, mas sabemos bem que para isso haverão versões mais indicadas no modelo Golf. Em suma este carro é a síntese e o ponto de equilíbrio entre um carro confortável mas mesmo assim bastante dinâmico. Para o fim guardei as impressões sobre o motor, sendo um TSI de 2ª geração o 122 brinda-nos com uma suavidade de funcionamento muito boa, e não muito audível, aumentando o conforto. Mas como um motor turbo é sempre um motor turbo, este não foge à regra e quando é para andar depressa, ele responde bem, nunca faltando energia para levar a carroçaria do Golf para velocidades bem para lá do razoável, com uma facilidade inesperada, mas sem aquele empuxo bruto dos turbo de antigamente, mas sim com uma força contínua agradável e doseável. Uma palavra para os consumos, que nunca chegam a assustar, numa utilização com velocidades constantes e dentro dos limites conseguimos médias a rondar os 7L/100, andamentos vivos resultam em consumos a rondar os 8.5L, de uma forma geral é um motor poupado para o nível de andamentos que pode proporcionar.

Veredicto

Mais líder, é a síntese deste produto, a Vw soube melhorar um dos campos que foi criticado no Golf V, os materiais e a montagem (pelo menos numa fase inicial), que nesta geração estão impecáveis, sendo que a Vw reviu em baixa os preços, que agora alinham com a concorrência, eliminando uma das pechas do Golf. Ou seja estão reunidas as condições para o “princípe perfeito” continuar a reinar no segmento C, numa palavra solidez.

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