terça-feira, 7 de abril de 2009

Teste virtual -- Alfa Romeo Mito 1.6JTDm

Alfa Romeo Mito 1.6 JTDm Distinctive “O Mito Alfa Romeo”

O Mito representa para a Alfa Romeo, a reentrada no segmento B Premium, onde muito provavelmente só tem um adversário, o Mini da Bmw. A Alfa não teve complexos em assumir que de facto o Mini seria o “alvo a abater”, mas no fundo o que a Alfa Romeo fez, foi mais que um anti-Mini, é um carro que tem todo os genes Alfa, e basta olhar para ele, para perceber que vem da casa de Arese, venha connosco descobrir este carrito apaixonante.

Estética

Confesso que desde as primeiras fotos, não me rendi à estética do Mito, e por vezes até me custava a aceitar que de facto era um Alfa Romeo, é daqueles carros misteriosos que em foto não funciona tão bem, mas ao vivo, é um deleite de apreciar todos os pormenores que o tornam num Alfa, e o distinguem do Grande Punto com o qual partilha a plataforma, aliás um ao lado do outro e facilmente se percebe a origem generalista do GPunto, e a diferença do seu primo Premium. Desde o Scudetto da Alfa, as grelhas e faróis semelhantes ao exclusivo 8c, até à minimalista traseira onde pontuam os dois farolins redondos o Mito é feito de suaves linhas arredondadas, quase assumindo o perfil de um Coupé compacto dada a pouca superfície vidrada. Uma nota positiva para os vidros da frente que são desprovidos de molduras, é um ponto extra para o pequeno de Milão.



Interiores

Os interiores do pequeno Mito, são uma agradável surpresa, a consola central, onde pontuam o rádio CD, e os comandos do AC automático apresentam bons materiais, bem como as portas e a zona superior do tablier, com um tecido a imitar a fibra de carbono, que resulta muito bem, em combinação com a cor branca que a nossa unidade ostentava, sendo que apenas nos merecem críticas os plásticos na parte superior das portas, e as zonas não forradas a tecido na parte superior do tablier. As saídas da ventilação continuam a ser ao velho estilo Alfa, circulares, com duas aletas para direccionar o fluxo. A posição de condução é excelente, o comando da caixa de seis velocidades encontra-se no sítio perfeito, e o volante perfeitamente centrado com o banco do condutor. No banco traseiro surge a grande diferença para o rival do Mito, o banco traseiro é espaçoso o suficiente para dois adultos se sentarem sem constrangimentos, sendo que a mala só peca por ter um acesso muito alto, mas tem 270 litros um valor normal para o segmento.



Condução

Não devo errar por muito, se disser que este Mito 1.6 JTDm, é o carro a diesel mais divertido de conduzir com um preço abaixo dos 25000€. Porque de facto tem uma dinâmica que não envergonha o passado da marca. Embora a suspensão também não consiga digerir muito bem zonas com pisos mais degradados, assim que a qualidade do piso melhora, e começam a surgir zonas sinuosas, chega a altura do Mito brilhar. Como equipamento de série todos os Mito têm o sistema DNA, que permite seleccionar três combinações de direcção, resposta do motor e os auxiliares de condução, a posição que interessa conhecer é a D, sendo que assim que a experimentar, só por esquecimento utilizará as outras opções, porque cada vez que se desliga o Mito, ele assume o modo N por defeito. Mas voltando ao modo D, funciona como modo desportivo, a direcção torna-se mais pesada e informativa, o acelerador mais sensível e o autoblocante electrónico que assume as rédeas dos cavalos, auxiliando a colocar estes no chão com mais eficácia. Nada nos prepara para a condução deste carrito simpático, porque esperamos um carro com aspecto perigoso, mas que na prática não seja nada de especial, nada mais errado, quer seja pela decisão com que o Mito entra nas curvas e mantém a estabilidade, incitando-nos a atrasar travagens, corrigir trajectórias, tudo com um envolvimento inesperado. Um ingrediente importante para este resultado é o motor 1.6JTDm, com ele os níveis de adrenalina sobem para picos que não esperaríamos atingir neste carro, a resposta assume um carácter explosivo, em qualquer relação, mas principalmente em 3ª/4ª e por volta das 2000rpm, somos positivamente colados ao banco, com uma descarga inesperada de potência, mas que fará as delícias dos mais afoitos, embora tal não signifique consumos desmedidos, a média geral do nosso ensaio, quedou-se pelos normais 6.8L/100.

Veredicto

Realmente, e baseando-me na minha experiência de uns largos kms ao volante deste Mito, ele assume um carácter urbano acima de tudo, pelas dimensões bem como pela forma como se desenvencilha do trânsito. Não é liquido que apenas se possa bater com o Mini, pode enfrentar, os novos Coupés de três portas que são a moda no segmento C, porque ao conceito Mini acrescenta a versatilidade do espaço extra que apresenta. Esta versão 1.6JTDm apresenta uma relação estilo/preço/performances/consumos de bom nível, e um espírito irreverente que já faz parte do Mito, é o novo “enfant térrible” do segmento B, que concerteza vai apaixonar muitos condutores.

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