quarta-feira, 17 de junho de 2009

Os pequenos GTI

Desde o aparecimento do Vw Golf GTI I, nos anos setenta, surgiu este subsegmento, o dos pequenos desportivos.
Desde essa altura estes, pequenos foguetes tiveram várias idades e feitios. 8 válvulas, turbos, compressores, multiválvulas e agora com a conjugação das duas tecnologias. Esta faixa de mercados, sempre teve uma grande franja de adeptos, e alguns modelos até representaram vendas surpreendentes mesmo no nosso mercado, e alguns deles viraram mesmo lendas.
O pai deles todos, Golf GTI I, 205 GTI quer 1.6 ou 1.9, 5 Gt turbo, Ax GTI, Swif GTI Polo G40, Turbo ie, Punto GT, Clio 16v/Williams, Saxo Cup, 106 XSI/Rallye/GTI. Todos eles pelas melhores ou piores razões têm um lugar na história do segmento, pelo menos na minha história.
Mas transpondo para os dias de hoje, apresento a minha selecção no mesmo segmento, sem ordem de preferência:


- Mini Cooper S/Jcw

Nascido do génio da BMW, este Mini poderia ser um embaraço para a BM, mas graças a deus este Mini, tornou-se uma homenagem feliz ao original. Como GTI não tem predecessor, mas também não precisa, é um excelente GTI por direito próprio. Tem potência, chassis e divertimento muito acima da média, aliás foi um dos responsáveis pelo reavivar da chama no segmento. O motor 1.6THP partilhado com o Peugeot, é um dos actores principais da festa, tendo uma sonoridade bastante revivalista, mas não tanto como a do Cooper S compressor.

Apelo: *****


- Peugeot 207 Rc

O 207 Rc é por direito próprio e por sucessão um dos pretendentes sérios ao trono do rei dos desportivos de bolso. Neto do 205 GTI, este carro tem o apelo que advém de ter nascido em berço de ouro. O facto de partilhar órgãos mecânicos com o Mini ajuda e muito a ter um certificado de garantia mecânica, e o chassis desenvolvido pela venerável casa de Sochaux diz-nos que a série 206 foi um episódio de percurso, e agora poderemos passar a coisas mais sérias.Os interiores são semelhantes aos outro modelos da gama, apenas os bancos têm um toque desportivo, o que estraga um bocado a experiência, mas mesmo assim não deixa de estar no topo da classe.

Apelo: ****


- Abarth Grande Punto esseesse

O Abarh surge como "darkhorse" ou melhor como tomba gigantes na taça de portugal. Muitos podem torcer o nariz, pensando que é um Fiat Punto mais rijo e com um turbo agarrado, relembrando aqueles saudosos e perigosos Punto GT como Turbo ie, mas lamento informar, o Abarth é muito mais do que isso. Na verdade é um verdadeiro desportivo, que anda para a frente como se tivesse a fugir de um tsunami, e curva de forma convincente. Não é o mais rápido, nem o mais puro, mas em termos de sensações, daquele assalto aos sentidos, ele marca muitos pontos. Poderá ser bruto e duro demais para alguns, mas retém as vantagens do Grande Punto, e acresscenta o bom tabasco da Abarth.

Apelo: *****


- Renault Clio RS cup

O Renault Clio RS assume-se como o desalinhado do segmento. Quando os outros seguem a via dos motores pequenos sobrealimentados, o Renault apresenta um 2.0 litros normalmente aspirado. E devo dizer que lá em casa, mora o avô do Clio RS, o mítico Clio Williams. Desde 93' a primeira vez que estreou este setup no Clio, com o 2.0L 16v, a Renault não mais o largou, e pelo que se diz e escreve tem as suas vantagens. Se no dia-a-dia os turbo apresentam maior faixa de utilização e binário omnipresente, o Clio apresenta uma suavidade e docilidade que os fãs dos NA tanto gostam, e para se andar depressa, tem de se usar motor e caixa, tudo o resto está lá, um chassis de primeira água, possivelmente o melhor do segmento. O único factor que joga contra ele, é ser um segredo bem guardado, nunca foi o carro da moda, mas para os apreciadores, é o primeiro do segmento a gerar força descendente, via difusor traseiro.
Apelo: *****

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